Depois de Santiago de Compostela, Padrón é o segundo lugar com maior carga simbólica de toda a tradição do Caminho. Situado entre dois rios, Ulla y Sar, orgulha-se de figurar como o lugar onde amarrou o barco que, sem leme e procedente do porto de Jaffa, trouxe o corpo do Apóstolo Santiago, no ano 44.
Destaca a igreja de Santiago, neoclásica do século XIX e sucessora do templo românico construído por ordem do arzobispo Gelmírez em 1123. O selo da igreja mostra a cena da chegada do corpo de Santiago ao porto de Padrón. No interior, à parte da pedra que se encontra por debaixo do altar-mor, há vários quadros e relevos com escenas do transporte do corpo e da Rainha Lupa.
Cruza-se a ponte de Santiago, de 1904 e passa-se junto à fonte do Carmo, do século XVI reformada em 1789. Junto ao albergue de peregrinos encontra-se o Convento do Carmo de 1752, onde vive uma comunidade de padres dominicanos.
Pode-se passar pelo passeio do Espolón à sombra dos falsos plátanos. Nos extremos norte e sul da plaza encontram-se as estatuas de Rosalía de Castro, do ano 1957, e de Camilo José Cela, obra de Ferreiro Badía de 2003.
Rosalía de Castro foi uma poetisa e novelista galega nascida em Santiago que passou parte da sua joventude e os seus últimos anos em Santiago, onde faleceu. A casa A Matanza, onde faleceu é agora um Museu.
Camilo José Cela nasceu em Iria Flavia e foi enterrado ali em 2002, à saída de Padrón encontra-se a sua Fundação, que alberga o legado do escritor e uma colecção de obras de arte.
Na paróquia de Herbón, os missioneiros do Convento Franciscano trouxeram da América Central uma variedade do Chile para cultiva-la à volta do convento. Com o passo dos séculos essa variedade foi desenvolvendo-se até se transformar nos saborosos pimentos de Padrón. Uns são picantes e otros não, mas é melhor ter um pouco de pão à mão para aliviar o sabor, já que a água só aumenta essa sensação.
Pode ver mais coisas emblemáticas em Padrón aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário